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                                    ...quase cansando!

 

                                                     ...quase cansando!

E eis aqui quem fala é um resmunguento contumaz,

Um denominado, taxado por doido

Que desaprendeu nessa vida, ser normal.

Que gostou e gosta de ser, estar e permanecer, assim.

Achincalhado a rodos, como sendo um demente,

Por aqueles, sim doentes e de almas dolentes,

Pensando serem eles, só eles os sanos 

E destes..., cercado por todos os lados.

Remando, pedindo, teimando, acho que conseguindo

Ainda suportar, a carregar meus pesados fardos,

Mas que confesso em lágrimas, na calada de todas as noites

Já estar enveredando-se a um quase...,

...quase, um cansaço inadiável!

 

                                                                             ...quase enfastiando!

A cada novo dia em que se repete o sagrado mistério do renascimento.

Depois de vir a revelar-se um sonho, único, mágico, lúdico e sempre tão belo.

A se trajar eternamente de alvas manhãs, tardes alaranjadas e lindas noites de prata.

Trazendo de arraste, passarinhos e outras tantas maravilhas, terrestres e aladas.

Fazendo o sol sentir tanto sono que sem suportar mais,

Se adorna de encantos, fechando-se em arrebol.

Criando cenário deslumbrante e perfeito pra que uma Lua, imensa e altiva,

Abrolhe pra correr no céu infinito, circundada por estrelas.

Mesmo ante tanta perfeição, ainda calejam meus ombros

Em ferimentos expostos e não cicatrizados, por seguidos duros açoites.

Porém, bem sei que é por causa dessa 'Descomunal Força Avassaladora'

Que me mantenho certo, reto, ‘nda vivo, um eterno e incorrigível, sonhador.

Mesmo admitindo, anverso a essas agruras e na minha pequenez e fraqueza já,

...quase, em lassidão total!

 

                                                                         ...quase desgostando!

Não da vida, nem de mim, nem daqueles que também sofrem, como eu.

Tampouco de Deus, Único, Santo e Poderoso (DESTE NUNCA), ...jamais

Apoquentando-me sobremaneira só com os meus, diferentes iguais.

Seres adultos, reles probos (coitados), absolutamente normais, ...pessoas....

A todo tempo a querem se mostrar, às vistas para esse mundo cão

Como dignas e merecedoras de todas as bênçãos, justas, honestas e boas.

Em suas retóricas desbotadas, desgastadas e repetidas 'n' vezes, a si mesmas.

Mentiras habituais, viciadas, maquiavélicas e fatais, fazendo eu ainda me sentir,

...quase, um anojado por completo!

 

                              ...quase enfadando!

A bater cabeça sem eira...por aí, a esmo

Por aqui, por ali, pra lá, pra cá, mas certo de onde desejar aportar.

Sabendo que todos os lugares que passei e passo, ...exato momento

São iguaizinhos, “ipse lipse”, o mesmo e qualquer lugar...

Descoberto, ainda a pouco de ser o mesmo, aonde acabei de passar.

Sendo sempre mal interpretado, sempre muito mal ouvido e considerado.

Por isso confesso, como se com uma estaca cravada, sinceramente estar

...quase, entregue e esgotado por inteiro!

 

 

 

Mas Graças..., que ELE me fez ser poeta

Para que pudesse e acho, humildemente estar conseguindo

Sobreviver aos trancos e aprendendo me aceitar

Pra que no fim possa me resumir, somente em poesia!

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SERRA GERAL
Enviado por SERRA GERAL em 18/12/2021
Reeditado em 19/12/2021
Código do texto: T7410370
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