A Rede

Em uma teia somos amarrados, nesse mundo somos jogados

Em um Blues deram o ritmo de nossa musicalidade

Novas faces instantâneas se transmutam e se travestem

Alcançando longínquos pontos da esfera viva

Não há um espaço, somente a virtualidade de emoções neste labirinto

Onde você esteve, não era desse mundo, não estava inserida

A entes que procuram a solidão

Há a solidão que entre os seres se instala

Levaste-me em um mundo desconhecido

Para bailar conforme a música que cantavam enredos diversos

Perdi minhas palavras tentando te traduzir

Nunca houve sentido em ser pária de tuas emoções

Não estas lá para mim, mas me insiro sorrateiramente

Em momentos que foste o refúgio, o subterfúgio de uma aurora

Um amontoado de significados sinuosos

Qual será a tua batida? O que será que adormece em teu seio?

Procuro em você o que não está em mim, mas que me deprime

Sinto o peso dos dias, a revolução das horas

O calafrio da dor que se interpõe vagarosamente

Tentar fugir, tentar dormir

O alvorecer de um novo dia em tom multicolorido na sua rede.

Luiz Revell
Enviado por Luiz Revell em 18/12/2021
Código do texto: T7410231
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