A Rede
Em uma teia somos amarrados, nesse mundo somos jogados
Em um Blues deram o ritmo de nossa musicalidade
Novas faces instantâneas se transmutam e se travestem
Alcançando longínquos pontos da esfera viva
Não há um espaço, somente a virtualidade de emoções neste labirinto
Onde você esteve, não era desse mundo, não estava inserida
A entes que procuram a solidão
Há a solidão que entre os seres se instala
Levaste-me em um mundo desconhecido
Para bailar conforme a música que cantavam enredos diversos
Perdi minhas palavras tentando te traduzir
Nunca houve sentido em ser pária de tuas emoções
Não estas lá para mim, mas me insiro sorrateiramente
Em momentos que foste o refúgio, o subterfúgio de uma aurora
Um amontoado de significados sinuosos
Qual será a tua batida? O que será que adormece em teu seio?
Procuro em você o que não está em mim, mas que me deprime
Sinto o peso dos dias, a revolução das horas
O calafrio da dor que se interpõe vagarosamente
Tentar fugir, tentar dormir
O alvorecer de um novo dia em tom multicolorido na sua rede.