Do Declínio da Ovelha

Viver na pele de ovelha, oprimindo o instinto de rei da cadeia alimentar que me movia, custou caro. Ruminar a fome de um felino, que abandonou o gosto de comer carne, foi estar novamente na condição de um zigoto.

Até que o Sol que move os seres, levou-me ao descarte da persona frágil que me representava, e a fome, que se agigantava segundo a segundo, sem o alimento novo que me satisfaria, levou a desnutrição da alma, ao seu enfraquecimento e degeneração. Aquilo que vivia no insustentável, ressecando a pele de ovelha, até que das rachaduras e da descamação do fantoche, dos efeitos da entropia, da derme e da epiderme, o ser empoderou, enxergando o Sol Adamantino, emergiu do putrefato, sublimando do que não deu certo na ancestralidade.

Tomando força o Espírito, foi rasgado o velho falso que me representou.

Sendo.