As inertes horas bêbadas
Uma hora aturdida no crepúsculo embriagado
Jaz perdida entre os momentos e isolada
Os pensamentos pesam toneladas e repousam inertes
Aqui não há movimento, tudo descansa estagnado
Um momento no tempo, vazio... sem constância
Uma existência na inexistência
Não se vê na fresta do tempo uma porta aberta
Nada se revela, não se sabe nada
A velocidade se contrasta ante a imobilidade
Um momento de face embriagada
Que vai solapando os acontecimentos no vazio
Inanimadas imagens de imóveis movimentos
Nada faz floreios em uma mente sem equilíbrio
Tudo repousa na imobilidade pulsante
Apenas o comtemplar de um eu aturdido e mole
Um tempo que remói pensamentos à exaustão
Que vai preenchendo de cansaço os neurônios
De uma nova história obliqua a ser contada.