Imaginação surreal

Impulsiona-me a mola –

Chamada –

Imaginação.

Desacelera os meus dias,

Retira-me do estado –

De putrefação.

O brio –

O cio –

A escrita –

Puro tesão.

Palavras –

Sentimentos –

Na ponta da caneta,

Desperta o olhar felino.

Em meus devaneios,

Um tanto repentino.

Visito o alpendre particular,

Saboreio o oxigênio –

Impregna o ar.

Na desventura –

Desconecta-me.

O contar das horas,

Loucas são as aventuras.

Desprendo-me do real,

Viajo pelo espaço –

Um tanto sideral,

Ou sobrenatural.

São enigmas,

Prendem-me a atenção -

No desvelar de tal condição.

Não me julgue,

Também não me condene.

O fato de ser livre,

Incômodo surreal.

Uma mente, expansão,

A grande realização.

Atmosférica psicodélica,

Aqui não cabe –

A indústria bélica.

O diálogo –

É a minha munição.

Passeando pelas nuances,

Eu dou o lance.

Transcendo-me no espírito,

Volito pelo infinito.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 15/12/2021
Reeditado em 16/12/2021
Código do texto: T7408013
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