A peça perfeita

Espaço – Tempo –

Onde me encaixo?

Fora da realidade,

Por onde anda a verdade?

No lugar absorto,

Comportamento torto.

Desvanecendo a linearidade,

Força absoluta – Indelével.

Refazendo-se na lealdade –

Anseio vulnerável.

A energia incutida,

No vislumbrar da vida.

Perfeitos,

Inconstantes.

Desmazelos,

Perene.

Buscando elos,

O eixo -

O cerne.

A objetividade,

Terna a felicidade.

Na roda que gira,

E não é gigante.

O brio na alma,

Dia irrelevante.

Quem sabe a calma?

Na inquietude,

De dias longínquos.

Um tanto obtuso,

Agindo como ventrículo.

A cada amanhecer,

A surpresa.

A lida com a inércia –

Trilhando caminhos,

Desfazendo laços,

Saltando obstáculos.

Refazendo ninhos,

Rasgando os cálculos.

A arte de sobrevivência,

De obter resiliência.

Sem saber se há –

A peça perfeita.

A estrada é estreita,

Na obrigatoriedade.

Se existe legitimidade,

E nenhum prazer.

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Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 15/12/2021
Código do texto: T7407996
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