A peça perfeita
Espaço – Tempo –
Onde me encaixo?
Fora da realidade,
Por onde anda a verdade?
No lugar absorto,
Comportamento torto.
Desvanecendo a linearidade,
Força absoluta – Indelével.
Refazendo-se na lealdade –
Anseio vulnerável.
A energia incutida,
No vislumbrar da vida.
Perfeitos,
Inconstantes.
Desmazelos,
Perene.
Buscando elos,
O eixo -
O cerne.
A objetividade,
Terna a felicidade.
Na roda que gira,
E não é gigante.
O brio na alma,
Dia irrelevante.
Quem sabe a calma?
Na inquietude,
De dias longínquos.
Um tanto obtuso,
Agindo como ventrículo.
A cada amanhecer,
A surpresa.
A lida com a inércia –
Trilhando caminhos,
Desfazendo laços,
Saltando obstáculos.
Refazendo ninhos,
Rasgando os cálculos.
A arte de sobrevivência,
De obter resiliência.
Sem saber se há –
A peça perfeita.
A estrada é estreita,
Na obrigatoriedade.
Se existe legitimidade,
E nenhum prazer.
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