Temporalidade fugaz
Me sinto estapafurdiamente mole
O ar me penetra vagarosamente
Meu cérebro desfalece
Minha aurora é pesada
Sem rotina e maçante
O turbilhão mental cria uma prosa vazia
Que pulsa velozmente
Na rotina temporal de uma vida
O que será que não é efêmero
Nenhum desejo pulsa do meu peito
Desde idade passada um pensamento me assola
O que é o fato
O que ele deixou de ser ou nunca foi
Hoje a estagnação é uma constante
E o relógio remói as horas com fome
No semblante noturno não há descanso
Um turbilhão de flashes se embaralha
Trazendo uma miríade pulsante
Que baila num adormecer triste.