Temporalidade fugaz

Me sinto estapafurdiamente mole

O ar me penetra vagarosamente

Meu cérebro desfalece

Minha aurora é pesada

Sem rotina e maçante

O turbilhão mental cria uma prosa vazia

Que pulsa velozmente

Na rotina temporal de uma vida

O que será que não é efêmero

Nenhum desejo pulsa do meu peito

Desde idade passada um pensamento me assola

O que é o fato

O que ele deixou de ser ou nunca foi

Hoje a estagnação é uma constante

E o relógio remói as horas com fome

No semblante noturno não há descanso

Um turbilhão de flashes se embaralha

Trazendo uma miríade pulsante

Que baila num adormecer triste.

Luiz Revell
Enviado por Luiz Revell em 14/12/2021
Código do texto: T7407205
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