A casa de bronze
Enquanto, estavas distantes,
resguardado em vosso esconderijo,
Vistes o dia tal como um filete de dores
E a noite um emaranhado arrame de agonia.
O vento raivoso destilou
Toda a indignação acima de tua cabeça!
E os pássaros, fugiram medrosos
Longa da árvore de teu extenso quintal!
Procure a casa e tão somente tua
Deixa-te de procurar em vão
O tempo corre velozmente
Não fique congelado nem sem coração
Avista a morada em que nascestes
Repousou, riu, chorou e continua a sonhar
Esses mesmo pés que pararam o caminho,
Podem continuar a percorrer longas estradas
Basta que se empenhe nessa busca
Sem perder a aventura
Com coragem e ternura
Embora, seja pesado o viver!