Nada é concreto

Há uma imensidão –

Guardada dentro do meu peito.

Trancafiada à sete chaves,

Na incongruência de meus dias –

Absortos,

Tecendo um emaranhado de pensamentos.

Há uma questão, tão necessária,

Quanto a existência humana.

Um porvir –

Um pensar –

Uma ansiedade louca,

Por respostas.

Que tenho a certeza,

De que nunca existirão.

Nada é concreto,

Em uma sociedade.

Onde a linha,

Entre o certo e o errado –

E/ou o bem e o mal,

É bem tênue.

Onde o paradoxo –

Vagueia pela existência.

Um lugar, em que,

A boa prática da convivência,

É mesclada e maquiada,

De acordo com os interesses.

Convenções sociais –

São as mesmas,

E jogadas para debaixo do tapete,

Quando necessárias.

Tudo soa estranho e mesquinho -

Talvez seria cômico,

Se não fosse trágico.

Somos seres paradoxos,

Na militância do dia a dia:

“Faça o que eu digo,

Mas não faça o que eu faço.”

É tudo um imbróglio,

Na transitoriedade terrena.

Poucos são aqueles que buscam –

Um verdadeiro entendimento,

E a expansão interior.

Para que tudo seja coerente,

Da maneira que deve ser e de coexistir.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 12/12/2021
Código do texto: T7405539
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