Cadeia da produtividade

O ar claustrofóbico,

Impossível de se respirar.

Uma nuvem cinzenta,

Impregnando o ar.

Se não bastasse a poluição,

A soberba – Maior condição.

O narcisismo e sua tortura,

Por que tanta maldade?

Moldados na semelhança de Deus,

Subjugados por nossas condições -

Ou na falta dela, o que se valha.

Tachados como insuficientes,

Na cadeia da produtividade.

É autossuficiente,

Aquele que gere –

O que tem o poder de acumular.

Riquezas e patrimônios.

Todas as noites –

Dormindo com os seus demônios.

Como deita a cabeça no travesseiro?

Santa ingenuidade,

Sabendo que o próximo –

Vive outra realidade.

Não é necessário conhecer ou não,

Basta olhar em volta com atenção.

Espalhados pelas redes sociais,

E não é fake news –

O triste retrato do Brasil.

Um olhar mais além:

Um país –

Continentes –

O mundo afora –

Em completa divisão.

Poucos com muitas riquezas –

Imensidão.

A grande maioria com nada –

Autoflagelação.

Dispa-se da hipocrisia,

Tenha uma visão com compaixão.

Nada é perfeito,

Ao teu redor.

Faz os interesses,

Girar em torno do seu umbigo –

Tirando dos outros,

O abrigo.

Dizima a fome,

Em quem não consome -

Infiltra o capitalismo desacerbado.

É muito triste,

Conviver com as inverdades,

Sem nenhum resquício,

A incerteza persiste.

Esmaga entre os dedos,

Dos ínfimos, a esperança.

Não há beleza,

Em tua realeza.

O que será que realmente importa?

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 11/12/2021
Código do texto: T7405117
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