PULSO
Tic-tac. Um ponto a favor do tempo. Um suspiro em movimento. Uma trégua sobre o silêncio. Um piscar de olhos sobre a paisagem. Um passo na ponte que cruza a linha da vida. Uma farpa no dedo que cicatriza. Uma lágrima furtiva. Um traço da letra que pulsa viva enquanto soletra adeus. Tic-tac. Já outra miragem me exorcisa no giro da chave que desliza pra dentro do labirinto onde me lanço faminto sobre meus outros eus.