JAMAIS OBRIGUE O POETA

O poeta é um ser “inanimado”

Perdido em sua ambiguidade

Ele é sarcasmo, metáfora,

Antítese, sinestesia, anáfora

E um pouco de pleonasmo.

O poeta escreve o que querem ler

As vezes troca tudo, anacoluto,

Mas cuidado, o poeta é manso,

Porém também pode ser bruto.

Não o apresse, peça, ele vai fazer

Entretanto, tudo no seu tempo.

O poeta é personificação, prosopopeia

Portando, não pressione, sem agonia

Jamais tente obrigar o poeta

Se fizer levará um soco de ironia.

JOEL MARINHO