Estou tão nervoso...
Pensava te fazer um poema...
Mas desculpe querida,
pois foi só isso que deu de fazer,
Pra te dizer que te amo!
Arrisco, pelas entrelinhas
entregar-me por inteiro?
E num risco eminente,
dizer tudo o que quero,
mas que acho que não deva?
Dizendo-a bem assim, penso em ti;
e isso é dia e noite-noite e dia?
Ou não...?
Ser direto e discorrer verdades,
mesmo que essas, sejam só as minhas?
Me conter, pra não falar bobagens demais,
sobre fatos e coisas, tantas?
Que depois de estarem, boca e garganta, secas...
lágrimas soltas, venham rolar e lavar chão?
Melhor...!
Por enquanto, apenas eu comigo,
como 'sparring', de mim...
Treinando e falando, a mim mesmo!
Versando, em pretensa oratória (essa..., que muito me falta)
aquilo que por certo, nem sei se direi!
Para não me desiludir, desenganando
e abafando meu próprio coração!
Talvez...
Mas a hora inadiável se aproxima sobremaneira,
e eu engasgo de um tal jeito...!
Veio tão ligeira, que pareço ter esquecido
todas as coisas a serem ditas!
Respirando fundo, suando a rodos
tentando lembrar de tudo...
Parecendo, é de estar louco!
Pronto! Agora ela chegou...
Está aqui e não posso fugir mais!
...escapar pela tangente, também não dá...!
Não é possível esconder-me em mim,
feito concha de mar!
Por medo de um possível e sonoro, 'não'!
...vergonha de ser rejeitado!
...de ser ridicularizado!
Aí percebo que a única coisa a dizer nesse momento é
Querida, simplesmente, eu te amo...
!