Por que Vim ao mundo

Se me permitem, nobres senhores

Deixem eu falar porque vim ao mundo

Vim para desconstruir a boa e feliz norma

Não vim para ajudar encaixar as diferenças; não

Vim para enaltecer as diferenças

Desmereço a tudo que se quer padronizado

Posto que, é o padrão que encarcera, acorrenta, maltrata

Então, abaixo o padrão

E viva a diferença!

Eis meu grito de guerra

Eis minha rebeldia

Eis Meu Não!

Haverá de chegar o dia

O dia

Em que a canção será cantarolada

Por ruas e avenidas

Por Velhos e crianças

Sem distinção, sem diferenciação

Haverá de chegar

sem pressa

Mas com muita esperança

e exaltação

O dia em que em cada esquina

Casebre ou modesta morada

Seja igualmente nobre

Quanto Palácios e mansões

E que seus moradores

Respeitados igualmente

Como autoridades sem distinção

Por isso

Eu digo

"Aquele era um tempo em que as mãos se fechavam"

Pra guerra e a espada e todos perdiam

Com riso no rosto

E coração aberto

Eu ofereço

Meu abraço amigo