CAMPAINHA DA LIQUIDARIEDADE: Descrição de uma crise de pânico no trabalho

Eu sou o ponto da minha sala onde a comunicação se perde e o chiado aparece. O mudo sabe-tudo. Aquele que mais pode e menos muda o mundo. O único que vai fundo e ainda assim não pesca nada, só dissabores de garganta. Baque–teria como desligar o ar?–do coração engasgadopusoprimido. Me dói muito saber. “O homem que derruba o café” “O ateu que suja a mesa” “O excêntrico que irá se casar” “O músico que não dá espetáculo” “O gênio que não quer trabalhar” “O esforçado que vive doente” O subjugado arrogante. A quina da minha cela. Sente na minha sela – cavalo que dá coice e come doce.

24/07/16