Antepassados

A minha pele clara –

Em contraste com a minha essência.

Anseios divergentes,

Ancestralidade fluindo na alma.

A melanina incendiando os poros,

Nas raízes fincadas de meus antepassados.

Respirando com ansiedade,

Vertendo no corpo –

Desenhos geométricos na pele.

Tudo é tão completo e efêmero -

Desatando os nós dos preconceitos,

Entregando-me aos preceitos.

Na complacência da serenidade,

O ar da igualdade.

Na tentativa de obter pelas narinas,

Em uma atmosfera cinzenta e desigual.

Batendo de frente com os desejos e anseios,

Da serena perspicácia.

Onde muitos e/ou a grande maioria,

Em um desejo nefasto –

Pelo poder, ambição e ganância.

São capazes de nos surpreender,

Com a sua força de subjugar –

Os menos favorecidos.

Resiliência –

É o nosso sobrenome.

Na luta pela sobrevivência,

Independente de julgamentos alheios.

Somos fadados a brilhar –

E ninguém pode mudar,

O que ao destino desponta.

***

Blog Poesia translúcida

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Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 21/11/2021
Reeditado em 23/11/2021
Código do texto: T7390558
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