Quero fotografar na memória imagens, visões, momentos. Filhos e netos. Pedaços complexos de mim.
Quero guardar o entardecer, a retirada lírica e suave do sol, a merencória luz da lua, o azul suntuoso e desenhado dos céus.
Tantos olhares, rostos amigos e amados.
Quero pintar uma aquarela de matizes em sentimentos que vi nascer, desenvolver e morrer...
Levar comigo sorrisos, alegrias genuínas, caras e bocas, gestos que falam.
Carregar esses guizos, motivos vividos rodeado de amigos por ai...
Um quadro bem vivo, preciso e sincero de um cão no portão!
Entender que o futuro navega intranquilo e incerto e transmuta indiscreto, pois na vida nem sempre se paga pra ver.