Silêncio
Terra da expressão da dor. Campo que recebe o luto. Vértebra que sustenta o amortecedor de Deus no preparo para o futuro.
Aquele que serve-se como testemunha muda para aquele que perdeu-se, àquele que tornou inadequado a qualquer sistema de vida e cultura, mundo dos que deixaram os achismos e as conveniências, optando estar mudo, invisível, insosso para aquele que mantém expectativas e espera sobre si.
Silêncio, resposta para o sim e para o não, quando a Alma não teve o desejo, a necessidade, nem a valia do esforço para manifestar conceitos ou justificativas. Simplesmente não quis.
Saída para o que não encontra mais saída, ou não quer ir por alí.
Silêncio, Mestre que acolhe os perdidos, desistentes, abolidores da prática do faz isto, faz aquilo, tem que ser isto, não aquilo, ser disto, daquilo não.
O que arrebanha o gado perdido do rebanho, deixando a cada um as escolhas.
Somente leva, acolhe sem comprometimentos e responsabilidades. Conduz, compassivamente.
O Alpinista é amigo dele, o mergulhador também.