Entorpecida pela realidade
Segue a vida com seus atropelos,
Em tons de arremedo.
A mente inquieta,
E seus gatilhos.
Por escrever, a compulsão,
Seguindo o ritmo.
O próprio compasso –
Contando os passos.
De repente, a encruzilhada,
Resquícios de inspiração.
Impulso, a imaginação,
Desconcertante carrossel.
A vida por um triz,
Jogada ao leu –
No dia a dia – A atriz.
Entorpecida pela realidade,
Fazendo o escarcéu.
Sou uma alma sem medida,
Sobrevivendo com intensidade.
Conte-me a verdade:
Onde mora a felicidade?
Essa vive escondida,
Em um canto acuada.
Talvez, não culpada,
Por está abandonada.
Quem é que se importa,
Com a realização alheia?
No fundo, somos munidos,
Por tamanho egoísmo.
E no final das contas,
Tratados como coadjuvantes.
De um viver solitário e pacato,
Em um mistério em desagravo.
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