Entorpecida pela realidade

Segue a vida com seus atropelos,

Em tons de arremedo.

A mente inquieta,

E seus gatilhos.

Por escrever, a compulsão,

Seguindo o ritmo.

O próprio compasso –

Contando os passos.

De repente, a encruzilhada,

Resquícios de inspiração.

Impulso, a imaginação,

Desconcertante carrossel.

A vida por um triz,

Jogada ao leu –

No dia a dia – A atriz.

Entorpecida pela realidade,

Fazendo o escarcéu.

Sou uma alma sem medida,

Sobrevivendo com intensidade.

Conte-me a verdade:

Onde mora a felicidade?

Essa vive escondida,

Em um canto acuada.

Talvez, não culpada,

Por está abandonada.

Quem é que se importa,

Com a realização alheia?

No fundo, somos munidos,

Por tamanho egoísmo.

E no final das contas,

Tratados como coadjuvantes.

De um viver solitário e pacato,

Em um mistério em desagravo.

***

Blog Poesia translúcida

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Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 14/11/2021
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