IDAS E VINDAS

Ysolda Cabral

 

 

Não sei por onde tenho andado... De repente me perdi nos labirintos de mim em busca da exclusão do nada... Voltei como se houvesse deixado marcas nos caminhos de voltar. E quando isso acontece não mais me encontro! Não me reconheço! Li poemas compostos em diversos momentos, tentei ouvir o Mar da emoção, tão meu conhecido, onde me banhava em suas águas cálidas em manhãs de Sol e em noites de Luar... Quando chovia, me escondia do frio e do açoite do Vento, num mergulho perfeito, providencial... Ao emergir me sentia renovada, inteira e a tempestade já não estava mais à minha volta, ou, eu não mais a temia. Procurar-me no espelho? - Fora de cogitação! O que eu procurava estava no mundo dos sentidos, onde o meu mundo poesia floria a cada pulsar do coração – meu Tambor do Encantado. Minha alma saltitava de alegria ou chorava de emoção. Nesta volta de agora não há lágrima, tampouco sorriso... O canto dos passarinhos me soa solitário, triste, desafinado... Não sei o que acontece, mas, como não desisto, vou mergulhar no mundo superficial de mim e sair a procura de coisas simples, descomplicadas e que me façam dar boas risadas até das rugas e dos cabelos brancos... Farei da fealdade beleza, num poema realista, surreal, ou futurista onde as rimas e métricas sejam tão perfeitas que ninguém critique, mesmo que não o compreendam. 

 

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Apenas Ysolda

Em Prosa Poética,  

lembrada pelo Facebook que, 

compartilho com alegria, agradecendo a referida Rede Social, tão eficiente no "item" lembranças e/ou recordação.