Rainha da beleza
Rainha da beleza
Quando fui descendo a ladeira envolvido por uma grande quantidade de flora e fauna, junto também estava o alivio da alma diante de tanta beleza. Não era mais eu em carne e ossos era somente o espírito dando graças à majestade Criadora de tanta beleza, estava encantado pela sua extensão e em todo seu perímetro havia pequenas fontes de luzes verdes chamadas matas ciliares. Eu era o rei e meus súditos eram os pássaros que cantavam, as borboletas responsáveis pela polarização e os grilos cantões da madrugada. Havia também uma grande quantidade de vidas orgânicas trabalhando em grandes parcerias. Eu sentia-me agraciado ao andar por aquele tapete de gramas esverdeado colocado ali só para eu passar. Minha aparência ali não causava modificações alarmantes só sintonizava a paz com a tranqüilidade de viver.
Reconhecia estar junto com minha essência à mãe terra na qual eu fui tirado e o que compunha a maior parte de meu corpo a água. Sentia-me muito bem, estava em família.
Ai eu coloque-me só de bermuda e com muito respeito fui adentrando em suas águas limpas, no inicio senti as diferenças de temperatura depois foram sintonizando a sua temperatura e flutuando em suas águas eu era carregado pelas suas forças nos tornando num só ser, terra e água.
Extasiado eu profetizava em relances de arrebatamento pelos privilégios que os momentos da vida me proporcionava.
Estava feliz porque os contatos com a natureza trazem humildade e elevação do espírito.
Renovava minhas forças e curava meu espírito aprendendo com a mãe natureza.
Não me contive diante de sua grande extensão e grandeza e fui seguindo suas corredeiras e um lugar bem distante você brotava com pequenos e humildes olhos d águas. Todos borbulhando incessantemente pequenos botões d água.
Como uma criancinha indefesa você nascia ligada ao cordão umbilical da minha mãe terra.
Ai eu descobri, somos irmãos de sangue e vida e morte.
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(D.A Reservados–Lei 9.610 de 19/02/1998)