Auríferos tempos!...
Hoje ainda, reconfortantemente...
...Enternece-me o coração!
Ao relembrar daquele explicitamente inocente sentimento
Da mais profunda ternura!...
Que quase correspondia
Aos atuais inacreditáveis amores platônicos!
...De tal forma inocente, amparador e incondicional.
E eu aqui, quase já suspirando...
Ao rever mentalmente tão idílica cena!
Com benignos poderes de remeter
Meus mais cândidos pensamentos...
Àquela nossa infância materialmente assaz carente
Mas intensamente amorosa!
Que tão brevemente vivi - e convivi...
...Ali na Lapa! nosso amado torrãozinho natal.
Aliás, dentre tantos, um nome dali jamais esqueci!
Também pudera...
Quando era tanta a ternura reinante!
Inicialmente materializada naquele explícito coraçãozinho de batom vermelho...
...Transpassado pela flechinha de cupido!
Que retornou desenhado em minha caixinha do compasso escolar...
- Bendito empréstimo aquele! -
Desabrochando tempos depois, mútua e suspirantemente encarnado...
...No escurinho do Cine Glória.
Aliás, ali em nossa Terra dos Heróis, acreditem, aquelas " santas saídas" da Igreja Matriz de Santo Antônio...
...E o aconchegante cinema local
Realmente eram os mais populares "encorajadores" ...
Dos ainda tímidos, mas palpitantes jovens casais apaixonados locais.
Ah, aquele meu quase platônico amor lapeano adolescente!...
Sonhadora e respeitosamente nascido sob o som da minha vitrola, ali nos muros e portões da Padaria Zeni...
E do Colégio Estadual General Carneiro...
...Onde mui provavelmente eu tenha sido o mais estudioso, charmoso e sonhador dos padeirinhos daquela época maravilhosa! Heheheaiaiaiaiiii...
Sabedor que aquela linda e bucólica loirinha de então
Vive há décadas já num elegante e romântico país europeu...
Aqui não vejo desrespeito ou deselegância alguma em revelar seu idílico prenome: Rosely.
#ArmenizMüller.
... Oarrazoadorpoético.