CORAGEM E MEDO

Coragem e Medo nem sempre são adversários. Este casal de quando em quando divide um hospedeiro, basta colocar uma arma na cintura que o Medo transmuda em coragem. A coragem já nasceu baixinha, porém, muito astuta.

Certa temporada na orla marítima Coragem estava tomando uma água de coco, de repente quem aparece? O Medo. Então Coragem chama-o para senta junto dela e prosear, pois, ambos estavam muitos carentes.

― Medo vendo que Coragem estava triste iniciou a prosa: Coragem você é baixinha para ser tão destemida, o que não pode se negar, que és muito aguerrida e prestativa, não mede esforço para ajudar. Mas tem momento que se sente poderosa, busca uma tremenda confusão, enfrentando: perdendo ou ganhando a confusão, são situações que as vezes só precisa um pouco de paciência, para voltar ao normal. Muitas das vezes se percebe prestigiosa para fazer frente aos perigos e nestes instantes você fecha os olhos, tampa os ouvidos e embrenha no seu mister.

― Coragem, ouviu atentamente o Medo, mas com valentia tomou a palavra e deixou bem claro para o Medo que não gostou da expressão baixinha, porque acha pejorativo, com o rosto rubro, exclamou Coragem, você gostaria que eu lhe chamasse de covarde, portanto, tira esse adjetivo da boca quando fizer referência a minha pessoa.

― Coragem continuou: e você! o que acontece, quando entra em teima com seu hospedeiro que quer passar por um certo local e você não quer, exemplificando: passear a noite numa praça com as luzes queimadas nos postes.

― Medo responde: simplesmente protegendo meu hospedeiro, porque, agindo assim, expresso minha verdadeira natureza (vigiar), o hospedeiro desiste de seguir em frente, donde concluem-se que continuaremos vivos.

Mas o Medo não termina prosa: ao contrário de alguns dos seus comportamentos – não estou querendo dizer que você tem comportamento inconivente, claro que é dona de muitos adjetivos. Mas eu estou sempre presente nas horas de perigo emitindo sinais, não é isso, não é aquilo, deixa isso prá lá, você vai entrar numa fria, daí por adiante...

Sabedores das qualidades e defeitos, Coragem e Medo se despediram, cada um foi procurar seu hospedeiro, haja vista, que a prosa deixou-os calmos e alegres para suas jornadas.