Como lobos
Espirito voraz
que vagueia pelos mundos
habita a imensidão
ecoa como uivo de lobos
reverberando teu ser
Mulher encantada
vibra selvagem
pelo teu caminhar
entoa coragem.
Reposiciona-se, em seu lugar,
de míticos lugares
em meio às falanges, de outros lagares
Teu ser só quer dançar, sentir
relembrar estórias passadas
tão antigas como a própria vida,
que no início no etério pairava.
Mulher consagrada
Nasceu do ventre da terra
Teu espírito combatente
Já habitou florestas
Já banhou-se em águas claras
Já deitou-se nua na relva
És dualidade...metade mulher, e em tuas nascentes um fera.
És mulher como lobos
que refaz-se em meio à solidão
Mulher escudeira, mística, amiga
loba faceira, conjura segredos inconfessos com o tempo
tendo o sussurro dos ventos como sei refrigério.
Espírito indomável, caminha de olhos vendados pela escuridão
em toda mulher que já pisou
ou pisa nesse chão
tem uma alma antiga
Desbravando a vasta imensidão
o espírito de uma Valquiria
uma lenda...
uma essência mística.
que intriga a ciência e a própria sabedoria.
Alma despida, vestida de poesia
já superou tantos obstáculos pelo caminho, já foi condenada pelos arrepios sentidos, marginalizada pelos seus desejos, já venceu seus próprios medos
Já conquistou seu lugar, não há mais o que provar.
Espirito selvagem, que na queda em seus abismos, sendo caçada por ditos delitos, por sentir, por sonhar, pelo saber e pelo encantar,
Retira-te ó espírito livre!
Retira-te de apriscos onde queiram teus feitos limitar.
Heterônimo
Maria Mística