Eu compus para ti
Em meio ao coração partido,
A certeza desconcertante,
Ridícula e insípida por si,
De um desamor, esdruxulamente parti-me,
Quebrei-me em tuas fendas na qual olhava-te,
E senti-me nada, um sincero despropósito
travestido de esperança, ao que se assemelha
novamente, o orgânico; Não sou uma coisa, nem outra,
sou uma simultaneidade de ''seres'', e em meio a
esse turbilhão de sentimento, parti-me em ti,
quebrei-me por completo, despi-me frente a ti
e defronte ao teu ser que até então não sabia;
Minha nobre romana, serias tu Cleópatra,
Uma espécie de Fúlvia, ou uma abnegadora em prol
do romantismo? Tu e suas intensidades, vós e suas
anormalidades e eu e minhas pretensas genialidades,
Ou diria, e eu e minhas aparentes excentricidades?
Quem sou? Quem és tu? Somos e isto é tudo.