Amor envelhecido
O amor envelhecido
De vivido se partiu
Até amolecer os dentes!
Os cabelos já doentes
Não sabem que ela se foi..
Suas mãos tomadas em pranto
Nos olhos seu desencanto!
Nos braços, eu mesmo conto
Na cama, qual vulto de santo?
Âs nuas molhadas, um tanto!
Na voz , sussurro e amaranto !
Pro alvo frio
Um tapa frio!
Do asfalto quente
Um beijo ardente!
Da vida doente, rancor do servente
Da chama ardente, suor e serpente
Essa mente divaga
Passado e presente!
Não larga da rixa!
Prefere ser bicha
De lagartixa de parede
Que solta sua rede
A tratar do peixe!