Pela liberdade
Depois dos grilhões estilhaçados,
Ressurgi dos meus fragmentos
Uma força magnética como ferro,
Resistente e letal como aço.
Sinto minha alma nua voar,
Adentrar numa outra dimensão
carrego apenas meu coração,
O toque arrebatador da libertação.
Deleito-me na liberdade de ser quem eu sou, sem máscaras, sem mordaças,
mente livre, coração antes preso
agora bate asas solto, ligeiro.
hoje sou liberdade, minha alma
hoje voa livre em busca do meu espaço, de novos ciclos... não sou mais o que querem, sou aquilo que desejo, penso, falo, amo, grito, choro, sorrio.
Sorrio perante a dor, diante dos golpes, das quedas e todo clamor
Sou uma alma livre, senhora das minhas vontades, soberana em meu reino, dona das minhas verdades.
Sou alma nua escrita em versos, minha mente voa por universos particulares, sonhos inimagináveis permeiam minhas emoções, meus desejos moram na palma da minha mão.
Tornei-me o que as lutas determinaram, na barganha do tempo, o ferro que tine,
e toma novas formas no fogo ardente
Sou vida que pulsa, habito nos sentimentos, sem tabus, sem medos
mergulho, me jogo, escancaro meus avessos.
Vagueio no infinito barulho da solidão e gritante silêncio da multidão,
Atrevo-me voar pra onde manda meu coração.
Dama de ferro, alma livre de uma menina
Uma aprendiz na arte de recomeçar
Maria entre tantas Marias,
Que depois de seus páramos descaminhos, agora entende a magia de ser dona de próprio destino.
Maria Mística
Heterônimo de Andreia O. Marques