O absurdo do homem não é o dos heróis, pois todos os ''heróis'' morreram, logo, o homem é um nada que insiste em produzir-se na ânsia de desfazer-se
O homem em seu egoísmo deliberadamente exerceu poder, em escolha, ações sobre coisas e pessoas, sobre tudo; Em sua diferenciação tremenda nas relações objetais, o homem em seu egoísmo excluiu mais do que acolheu. Apesar do esforço descomunal que fazem, não fazem-se através de uma razão, nem dos termos e conceitos _ vontade _, o homem é produto de grandes forças sobre ele, internas e externas, sobretudo externas, pois somos seres sociais. O homem em seu egoísmo matou mais do que preservou, produziu mais do que processou como útil, ou necessário, bom, ou ruim. O homem em suas métricas forçou um ser que não somos, afinal, quem manda no coração? O homem tanto hoje como ontem, mais hoje do que ontem, mata-se por se odiar, amar Outro, tudo que não lhe é inerente, tudo que é externo ao seu ser. Me disseram que eu era forte, que nasci para vencer, mas hoje escrevo essa prosa na/em uma sensação de que tudo é o mesmo, tão inútil como sempre foi, por o ser, tudo, que é nada. Todos os universais só me disseram as falhas no silogismo, em todo os quatro cantos do mundo e do quadrilátero, por o ser insuficiente, se fez muito mais na modernidade e por o ser insuficiente, fez-se lógicas heterodoxas e por o ser altamente específico, fez-se nada. Vago em mentes que não me são, solitário, sozinho caminho por essas ruas do meu coração, em um sentir que por o ser e meu, ser-me-ia outro? Nunca, não há estruturalismo e grafos que justifique-se em mim, que não seja Outro, crer no outro, que me é estranho e por tudo isto também não ser justificado, nada. Eu caminho nos solitários seres que me pertencem sem letras, palavras, e linguagem, se atribuo ao ente um é, jaz nada. Possuo-me em riso, ou choro? Por isso, nada. Em tudo que acreditei-me o amor foi a pior delas, senti-me e senti-te, como que um co-surgir de seres que se entrelaçam em olhares abismais, e já não era-me, era-te e por isso era feliz e ao caminhar em teus jardins de um futuro hipotético perdi-me e só por perder-me, amei. Nestes versos prosaicos despido de toda inverdade tangencio aquilo que seria meu ser de natureza, o conatus de um homem calado, que faz dos seus bosques, jardins, pântanos, e mares tudo aquilo que não pode ser real, por não caber e em mim já não ser, assim como esses versos contíguos ao meu ser que é... E hoje eu só escrevo porque morro todo dia, escrevo para não morrer em matéria, mesmo o decaimento do carbono sendo inevitável ao seu pequeno ser; Em retas inclinadas em seu movimento natural, a depender do referencial adotado, aplico-me uma força externa a princípio interna, e saio-me; Quebro a segunda e a terceira lei de Newton em meu universo, apenas MEU universo, pois volto sempre ao mesmo, mesmo o movimento tendendo ao infinito e nunca sei se a aproximação foi o possível ou se me é infinito, mesmo não o sendo; De fato não poderia ser, apenas um ser que é por si _ o verdadeiro ser? _, um ser autossuficiente, gerador de si e que só por não nos ser é tão fascinante, um fascínio que beira a obstinação e que por render tantas obras nos ludibria do evidente, o assombroso destino que nos espera só por sermos isto. O ser em desamparo por desejar o amparo, o ser angustiado por amar o que não é em si, per se, o ser que se prende a exceção por não o ser, o ser que ama por julgar esquecer-se e lembrar, onde apenas lembram-se mais e mais, cada vez mais intensamente, até o escabroso dia da não exceção, da certeza/real/significante, aquele dia indeterminado, mas certo do destino que nos aguarda, o desfecho de nossa tragédia. A improbabilidade nos é indiferente, o possível real apenas no papel e o provável da causa e efeito através do hábito nos é certo por nos ser tão familiar, por nos sentirmos seres que é no enquanto. E por ser possível sermos seres enquanto transitoriedade, ou a transitoriedade, o ser que é não-ser, e argumentarmos a partir da necessidade e inteligibilidade, o faremos, pois somos seres do absurdo; Mesmo o absurdo sendo inerente a existência, haja visto, o acidente da matéria, ou o da vontade, que é transcendente ao ser; Isto e não aquilo nos leva ao absurdo em ato, ou presumir o ser da coisa, substância que o é em si? Qual a certeza que temos quando não adotamos ou saltamos alguns passos lógicos? A de um romance, a certeza a priori de um livro fechado, escrito e inventado por nós; Os termos e conceitos, pois somos o ser do absurdo, o ser do nada. Na, naa, naaa... Naaadaaa!!!