Morreriam em tudo, viveriam em mim e tudo; Nada
Quantas humanidades há em mim, quantos budas, cristos e Maomés, ah se soubessem... Quantas vidas há em mim, quantas mortes, ah se soubessem... Quantos beijos e abraços, quantos nadas e metafísicos, ah se soubessem... Torno-me o que és, de tudo que é em nada, tudo; Se soubessem... Quantos sistemas há em mim, teus, meus, teus meus; Quantas almas dilaceradas em sangue virginal, quantas deusas, ninfas e espécies de seres, ser que não é, julgam-se ser, porém, apenas caminho; Ah se soubessem... Quantas escolhas e caminhos, quantas conclusões e nadas seguidos; Quanta ambição e passaporte para o Hades em mim, quantas teias de informações nadas que pairam sempre no mesmo; Ah se soubessem... Há tantos esquecimentos de ser em mim, que julgo-me as vezes indiferente quanto a tudo, mas é apenas o nada que é tudo; Ah se soubessem... Quantos vir a ser em devir, simbólicos que aponta para o ser, quantos termos que substancialmente aponta para o mesmo, quantas conexões neurais, quantas linguagens em metáforas para o mesmo, nada; Ah se soubessem o quão estrangeiro sou, quanto a existência, existente e tudo, quanto a tudo e, nada; Ahh se soubessem...