#7S existiu?
Dúvida cruel há muito assombra.
Talvez inquiete.
Quando ainda o pintor tentava favorecer a cena
De limites bem humanos.
Limpar o céu nublado.
Mas que já nele, o povo alheio à trama, não reclama.
Um grito ecoou Além Mar por carta.
- Não se importem! Continuará na família!
O chão e o povo, na herança, mudava de mão!
Ventres violados, quinhão saqueado,
O ladrão, tornara se Barão,
Tinha cheia a algibeira, alvura de face.
O restolho, nem gente era, confundia-se com o chão.
O resto ouvia um grito que não libertou - não valeu!
Era o açoite no corpo negro, que a indigna mão, sem calos aviltava
Continuam sugando a seiva, suculenta, finita!
A chibata continua a delimitar, quem come e quem nunca vai se libertar.
Eis que a lição veio a cavalo, uma farsa, tez branca
Olhos de céu e veneno a regurgitar
O ar carregou-se, o ódio alastrou-se
Como o endemoniado reinou?
Encontrou em cada um um ressentimento profundo, um ódio do mundo
Uma gana de matar!
Não sabe sorrir, não sabe amar, nem a ele mesmo.
Nunca plantou uma flor.
Talvez fosse bom plantar, por que de tanto ódio, outras mãos não queiram te ofertar
Penso na solidão do seu último suspiro, no seu delírio talvez ouça Wagner
Rememorando desgraça
A terra não te quer!
Talvez os pássaros que de morte alimentam
Se saciem da tua podridão!
Sem perdão!