Ar
Sem sentimento
Sinto o teu doce veneno
Que sobrevoa as influências de novembro
E recai nos furacões de dezembro
Inocência presumida na ausência
Da áurea senciência do ar
Que queima, esmaga, atrapalha
A oxidação do Ser almejar
Sagacidade geminiana
Expressividade mercuriana
Mutabilidade das altas oitavas
Movidas pelas ígneas energias ternárias e quaternárias
Ternuras dissidentes
Diz-se ao teu descendente
Que ascendeu seriamente
E deleitou-se pernosticamente
Na sensualidade dos metálicos ideais
Nas chuvas de verão
Soprarás ao vento
Teus desejos mais transeuntes, transcendentes e banais!