COMO ERA MINHA TERRA
No silêncio da mata
o farfalhar das folhas,
dos pinheiros, desperta
os pássaros, que pouco
a pouco entoam
a sinfonia do amanhecer.
O riacho corre claro
entre as pedras e aqui
e acolá forma
poças mais profundas,
onde o beija-flor
vem se roçar.
Eis que de repente
a água recebe
uma luz esplendorosa,
de um raio de sol
que se acaricia nela.
Por entre aquela
beleza indescritível
do quadro do amanhecer,
surge entre a vegetação
um ser de rara beleza
e adentra as águas
para banhar-se nelas;
Vejo na retina
dos meus olhos
como era a minha terra
no alvorecer dos seus dias.
Vacaria, 21/02/2010