Serenidade
Tenho desde a tenra infância um desprezo a toda experiência; Sinto-me distante de tudo e todos, precinto o fim se aproximando, mas nunca chega; Sou um desprovido de finalidade e forma; Sinto-me estranho a tudo, quanto a tudo, nada... Sou-me e nada mais. Eu sou inoperante frente ao real, como uma criança ao sentir um toque de uma mulher; Sou distante em sensibilidade aflorada sem para isso viver; Sou-me desde quando sou; O que havia antes? O que me levou a isso? Não sei e isto é tudo o que tenho.
12/10/21