Serenidade

Tenho desde a tenra infância um desprezo a toda experiência; Sinto-me distante de tudo e todos, precinto o fim se aproximando, mas nunca chega; Sou um desprovido de finalidade e forma; Sinto-me estranho a tudo, quanto a tudo, nada... Sou-me e nada mais. Eu sou inoperante frente ao real, como uma criança ao sentir um toque de uma mulher; Sou distante em sensibilidade aflorada sem para isso viver; Sou-me desde quando sou; O que havia antes? O que me levou a isso? Não sei e isto é tudo o que tenho.

12/10/21

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 13/10/2021
Código do texto: T7362605
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