Dias de Chuva na Terrinha
Estar em Santo Antônio da Alegria, terra onde passei a infância e a juventude, nestes dias abençoados pela chuva, é sentir o umidificado de uma energia sutil, que nutre, e revigora.
A chuva imperiosa, revivi. O chuvisco no final da tarde, o céu nublado, trazendo a presença precisa da manifestação das forças da natureza, garantindo a água para a terra ser semeada, para o homem beber e preparar o alimento.
As nuvens densas, sobrepostas no céu, em tons que variam na cor cinza, fazem emergirem da memória, dias na infância correndo pelos pomares da região, brincadeiras na enxurrada, e dormir a noite ao som da chuva caindo no telhado e janela.
Nutro m´alma do sutil estado umectante pós chuva alegriense!
O ar, faz os pulmões trabalharem com o mínimo de pressão. É possível sentir a frequência vibratória da mente ser puxada para baixo. Forçando estar no silêncio.
Por fim, não quero falar, nem conversar. Somente receber o trabalho da natureza na estação primaveril.
Depois, mesmo que indemonstrável, falar de Deus, expressar sua grandeza, torna dispensável.
Você vive Nele.
Saber que em tempos idos, quando vivia o estado fragmentado do ser, tinha tudo isto; natureza, abundância de água, saúde no corpo que sobejava, mas carente da compreensão da realidade imanente que escancarava a presença de Deus onde vivia .
A grama cresce no jardim exponencialmente. As flores gritam por todo canto. Os manguezais começam destacarem as mangas.
A roupa demorou um pouco mais secar no varal, está umectada pelo excesso da água da chuva.