Do Interior
Eu sou o afeto e o desprezo
E o fogo que insisto em segurar;
Pedaços de madeira me amarram,
Espanco reflexos da minha alma,
Abraço as tristezas que me soterram
E busco resposta nos meus silêncios.
Aqui dento existe um útero
Ao lado do que insisto em ignorar,
Posso me multiplicar em vidas falsas
Para recriar a que deixo ir embora,
Minha ordem é mostrada pelo avesso
Se um dia lhe dediquei o meu ódio
Saiba que ele diz mais á mim do que á ti,
Se um dia insisti em lhe ignorar
Acredite que foi para lhe poupar do meu grito.