Navego num oceano sem fim.
Água cristalina lava minha retina.
Madrugada sossegada, sinto a noite passar devagar.
Procuro o meu sono e não o encontro.
A cidade dorme e o silêncio me faz transpirar.
Desenho a lua da janela,
E pergunto para ela:
quem roubou meu sono?
Nesta madrugada primaveril,
sinto o odor da dama da noite
ferindo minha respiração,
relembrando,
quando namorava no portão,
as juras de amor que eu não tive,
e as que recebi e não acreditei.
Entao, arrisquei rasgar um sorriso
que fez com que a noite que eu não sonhei
se transformasse num paraíso.
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