Navego num oceano sem fim.

Água cristalina lava minha retina.

Madrugada sossegada, sinto a noite passar devagar.

Procuro o meu sono e não o encontro.

A cidade dorme e o silêncio me faz transpirar.

Desenho a lua da janela,

E pergunto para ela:  

quem roubou meu sono?

Nesta madrugada primaveril,

sinto o odor da dama da noite 

ferindo minha respiração,

relembrando,

quando namorava no portão, 

as juras de amor que eu não tive,

e as que recebi e não acreditei.

Entao, arrisquei rasgar um sorriso 

que fez com que a noite que eu não sonhei 

se transformasse num paraíso.


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Mara Cardozo
Enviado por Mara Cardozo em 08/10/2021
Reeditado em 26/10/2022
Código do texto: T7358934
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