"A louca"
A noite veio encontrá-la vagando Solitária por entre as ruas
A lua resplandecia no céu,
Iluminando o caminho
As luzes iam acendendo
Aqui e acolá e
Pouco ou quase nada
Iluminavam
As árvores balançando criavam Sombras
Formas que a mente via como Velhos fantasmas do passado
Em sua peregrinação
Sem nenhuma lucidez, ela Continuava caminhando
Todos que a viam
Chamavam-na a louca,
A desvairada
Traída em seus sentimentos,
Sua mente negava-se a aceitar, e Assim foi ganhando a rua,
Revirando latas,
Recolhendo sobras
Fazendo das marquises seu lar e
Do chão frio sua cama
E foi assim que a encontraram Numa linda manhã
Dizem que ainda hoje nas noites em que a lua resplandece no céu é possível vê-la andando sem rumo, entre becos e vielas procurando e sussurrando o nome do seu amado.