Desesperança
Complexo o que lhe parece,
Segue o caminho de espinhos,
Descobre o longíguo destino.
Descumpre os próprios conceitos,
Reflete as retas mais tortas,
E busca o mais verdadeiro.
Desfaz o que ainda é começo,
Conversa com os velhos fantasmas,
Complica o óbvio por estar distante,
Distante se finda por pensar descontente.
E buscando o que se busca é que se desencontra.
E assim percebe a trilha da esperança.
Desesperança a fumaça sem cor,
Colore o templo de paz.
Levanta e vai,
Desteme e vai.
E compra o que ainda pertence,
E leva as bagagens por estarem suas.
Segue por ser insistente,
Derruba os fardos e liberta,
Enxerga os motivos e descansa.
Desaperta e desafoga,
Despeça-se do velho ardor
Acenda a sua luz.
Quem te cuida vigia,
Quem te ouve acredita,
O que tumultua passa.
O que passa se torna paz.
Conta as contas e agradece
Enxuga a poça e vai.