Torna-se e entorna.
Olhamos para fora,
Apontamos os dedos,
Jogamos as pedras,
Escondemos os medos.
Sorrimos para os estranhos,
Estranhamos os mais chegados,
Bom dia por educação,
Falsificamos sorrisos trocados.
Vivemos por estarmos vivos,
Inventamos dizeres pensados
Fechamos caminhos cortados,
Largamos os altivos de lado.
Tomamos dos mestres seus potes,
Bebemos de suas águas benditas,
Quebramos os recintos por ofensa,
Deixamos sintonias perdidas.
Enaltecemos aos que nos aborrecem,
Aplaudimos os que nos fazemr ser dor,
Sorrimos como se fosse agradável,
Desmaiamos em um mundo sem cor.
E assim é que compreendemos,
E assim é que sonhamos azul,
É que criamos um mundo falido,
E assim perdemos da vida o sabor.
Jogamos fora os pedaços de luz,
E nos apegamos aos cortes com sal,
Deixamos de lado a sombra,
E corremos pele entorno dos maus.
Talvez por nos julgarmos divinos,
Ou até mesmo por automação,
É que apontamos o podre e mesquinho,
E esquecemos do mundo ideal.