Hibernando
Estou em silêncio...
A alma sonolenta –
Precisando de um pouco da agitação.
Está tudo parado –
Um tédio.
Constante marasmo...
Tenho a necessidade do barulho,
Da turbulência –
Revolvendo os sentidos,
Para então traduzi-los.
As palavras estão hibernando,
Adormecidas em seus castelos –
Cada uma em seu próprio ninho.
Não há tempestade –
Diferente da realidade –
Enlouquecedora aqui fora.
Numa letargia estonteante,
Causando-me mais pavor.
Desejo o indecifrável,
Esta não sou eu...
Num modo conjecturável.
Prevalece a falta de conexão,
Delirante loucura.