AVOADA
Gosto do vento e das coisas avoadas
Aquelas folhas ao vento caídas,
as roupas no varal sendo sacudidas
os cabelos desalinhados com a ventania
Sou essa mulher frágil e também destemperada
Sou como o vento a agitar
as folhas na escura madrugada
podendo ser brisa, ventania e vendaval
a depender do estímulo e da emoção
Me faço silenciosa ou ruidosa
numa mescla de intenções que fazem
do meu ser uma pessoa, extremamente, normal.
Sou uma mulher que tem gosto pelo vento
no seu murmúrio, deixo escapar meu lamento
sussurrante, ele vaga e não me prende
leva consigo meus sentimentos,
o vento , casualmente, me entende.
Registro a bela interação do Poeta
Jacó Filho
A CANÇÃO DO VENTO
Assovia em meu teto e diz que ela virá,
Buscar meu afeto como eu tanto queria.
Escuto doce poema, na voz da ventania,
Resgatando memórias que amo guardar.
De férias no campo, inicia a primavera,
Brotando com flores, nosso sentimento.
Fizemos planos, e a pedi em casamento.
Chamava-me meu leão, a linda pantera.
Ao voltar a dormir, o sonho inevitável,
Traz a minha cama, a mulher que amei.
Refaz as promessas que um dia escutei,
E o vento nos embala de forma notável,
Mantendo um sono, que jamais acordei.
O sonho foi real e como? Ainda não sei.
https://palavrasnotasevivencias.blogspot.com