AVOADA

Gosto do vento e das coisas avoadas

Aquelas folhas ao vento caídas,

as roupas no varal sendo sacudidas

os cabelos desalinhados com a ventania

Sou essa mulher frágil e também destemperada

Sou como o vento a agitar

as folhas na escura madrugada

podendo ser brisa, ventania e vendaval

a depender do estímulo e da emoção

Me faço silenciosa ou ruidosa

numa mescla de intenções que fazem

do meu ser uma pessoa, extremamente, normal.

Sou uma mulher que tem gosto pelo vento

no seu murmúrio, deixo escapar meu lamento

sussurrante, ele vaga e não me prende

leva consigo meus sentimentos,

o vento , casualmente, me entende.

Registro a bela interação do Poeta

Jacó Filho

A CANÇÃO DO VENTO

Assovia em meu teto e diz que ela virá,

Buscar meu afeto como eu tanto queria.

Escuto doce poema, na voz da ventania,

Resgatando memórias que amo guardar.

De férias no campo, inicia a primavera,

Brotando com flores, nosso sentimento.

Fizemos planos, e a pedi em casamento.

Chamava-me meu leão, a linda pantera.

Ao voltar a dormir, o sonho inevitável,

Traz a minha cama, a mulher que amei.

Refaz as promessas que um dia escutei,

E o vento nos embala de forma notável,

Mantendo um sono, que jamais acordei.

O sonho foi real e como? Ainda não sei.

https://palavrasnotasevivencias.blogspot.com

Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 27/09/2021
Reeditado em 29/09/2021
Código do texto: T7351327
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