A história de como ganhei bacon e amigos
Sento no banco que costumávamos ficar e sei que de lá não vou sair sem chorar. Eis que as lágrimas começam a cair e não consigo deixá-las não sair. Escrevo tudo que finjo que a ninguém devo.
"Para aquilo você não vai voltar!" minha consciência grita. "Você precisa manter a postura, só abandonar-se na escrita.".
A minha tristeza se costura e mal sabem.
- Você está bem? - ouço alguém perguntar.
Imediatamente levanto a cabeça e me deparo com três garotos a me encarar. Por que raios eles pararam para me ver chorar?
- Estou. - digo, enquanto o modo melancólico desligo.
Eles continuam encarando, talvez pensando se eu preciso de ajuda.
- Você está machucada?
- Não, só sou uma cabeçuda.
Um deles se senta ao meu lado e outro tinha os olhos arregalados. Não pensei que iria atrair atenção com aquele choro... "aham, sei" a minha consciência rebate.
- Você mede quanto? - o outro pergunta enquanto os outros ficam tentando dizer alguma coisa.
- 1,53.
- Você sabia que se tivesse menos 8 cm você seria considerada anã?
Os outros dois seguram o riso.
- Ah não. - permito que riem e dou um sorriso.
Todos riem alto.
- Eu não conheço vocês - ressalto.
- Somos os três porquinhos. Vamos comprar alguns vinhos, quer vir?
- Vocês são ricos para comprar vinhos?
- Não, mas o Prático ganhou um aumento. Então ele vai usar o seu pagamento e vamos comemorar.
O garoto sentando do meu lado, entortava a cabeça para o outro lado. Percebo que não tinha o ouvido, até então, falar.
- Você vai ganhar um bacon. - disse, finalmente.
- Por que? - pergunto contorcendo o pescoço sutilmente.
- Porque ninguém chora comendo bacon.
- Tá bom