Voz do nunca
Até quando não o quiser
Areia pesada, cheia de faces
No júbilo do nunca
Areia que cheira fragância da fineza
Voltas cá...
Não adianta fazer aos gritos quem nada te fez
Quem do descalço aos cânticos da humilhação
Continua a sonhar
Mesmo que o faça sofrer, para seu prazer
Voltas dá!
Até quando não o quiser
Tornas ao descalço
No júbilo do nunca, que volta a ser seu novamente
Mesmo que a lembrança te ponha a recolher, de si
Até dos seus próprios actos
Cá voltas..
No júbilo do nunca
Tornas ao descalço, oh pé da vaidade
Mesmo que não queira pisar.