Voz do nunca

Até quando não o quiser

Areia pesada, cheia de faces

No júbilo do nunca

Areia que cheira fragância da fineza

Voltas cá...

Não adianta fazer aos gritos quem nada te fez

Quem do descalço aos cânticos da humilhação

Continua a sonhar

Mesmo que o faça sofrer, para seu prazer

Voltas dá!

Até quando não o quiser

Tornas ao descalço

No júbilo do nunca, que volta a ser seu novamente

Mesmo que a lembrança te ponha a recolher, de si

Até dos seus próprios actos

Cá voltas..

No júbilo do nunca

Tornas ao descalço, oh pé da vaidade

Mesmo que não queira pisar.

Chissola Daúd
Enviado por Chissola Daúd em 23/09/2021
Reeditado em 23/09/2021
Código do texto: T7348562
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