Ódio ao amor

Ao escrever estes versos, em prosa assumo o que sou; uma virgula que muda tudo, uma nota desafinada, um desejo desajeitado que nos leva ao engano; o que seria o ódio, o que seria a dor, a dor que pulsa em pulsos enérgicos explodindo em adrenalina? O que há no ódio? O que odiamos? O que dói na dor? Sendo eu estes versos que se fazem em imagem, pois estruturas lógicas que dizem um potencial, não necessariamente o momentum, não necessariamente o eu, que essência me atribuem, quem atribui além do eu? O eu que também é outro, por que me importo com a atribuição? Se perder em labirintos? Quem te dará a solução? O grande outro, o mestre, o pai? Não há nada mais condenatório que uma tribulação, entrega os desajustados em um mundo de gigantes, que simples traumas não superam, a negam, ou reprimem, neste caso revive como agressor, a solução tão simples e o ódio que não sabes o que é, não convives com monstros, e nem em teu sangue corre tal DNA, és apenas uma criança, eis a risada sarcástica de um génio que sabe que é, os pontuais e sutis significantes, curvas e inclinações para além do limite da secante em direção a posição inicial, que é a tangente, para além das curvas de linha, integrais duplas, triplas ou qualquer outra coisa, a interseção entre ambos evidencia o pertencente a ambos, o teu a com o meu c, pois o teu subconjunto denuncia o teu A em busca, pois ausência do B, A contém B e eu sou apenas um C pertencente a B, elementos em comum... Este problema resolvi há semanas atrás e não há nada que eu não saiba, sou a personificação de muitos e meu ser é recôndito, de tu sei muito, de mim sabes nada; o ódio é a face evidenciada no tapa devolvido, a marca dolorida de um coração partido; o outro polo em dança, como as ondas eletromagnéticas, ou a corrente alternada, ou uma das ''paixões do ser''; e o ódio que há de mais nobre é a do daemon, aquele que ama em demasia.

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 22/09/2021
Reeditado em 11/03/2022
Código do texto: T7348185
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