"Corro perigo
como toda pessoa que vive
E a única coisa que me espera
É exatamente o inesperado”
Clarice Lispector
O amor esperado
Confesso, eu sempre sonhei com um amor que falasse, não a língua dos anjos, não, assim não seria desse mundo. Eu sempre quis um amor que falasse além das palavras, porque, palavra qualquer um fala.
Um amor que tivesse convição do "sentir",
um amor que, ao dormir, também me desse um pouco de insônia, que me passasse verdades, confiança e esperança, ao respirar e soprar no proprio sono.
Eu sempre sonhei com um amor assim.
Um amor que se encaixe bem nas medidas das palavras e frases proferidas. Que tivesse ainda o cheiro e a alegria de menino, mas com intensidade e decisão de homem de verdade; que nunca ficasse chateado quando a poesia, de madrugada, me chamasse até à escrivaninha.
Um amor sem implicações diante de nossas diferenças, das diferenças imutáveis.
Sempre quis um amor decidido e capaz de me entender, não somente quando levo algumas situações muito a sério, mas também entendesse quando sou, involuntariamente, para mim um mistério.
Ah, ainda sou essa sonhadora, a que sempre quis um amor que me transformasse de menina em mulher, sem perder a meninice. Um amor assim, que se derramasse em afagos, que fosse inexplicável, que vivêssemos a felicidade sem ostentações, nem reclamações. Um amor que não somente me pedisse informações, mas me contasse suas histórias e juntos misturássemos as narrativas (sem talvez nem depois) das histórias de nós dois, sem medo do escuro após o Sol se pôr.
Confesso, eu sempre sonhei com um amor assim...
www.isisdumont.prosaeverso.net
Imagens:
https://www.google.com/search?q=amor+sonhado+gifs&tbm
Confesso, eu sempre sonhei com um amor que falasse, não a língua dos anjos, não, assim não seria desse mundo. Eu sempre quis um amor que falasse além das palavras, porque, palavra qualquer um fala.
Um amor que tivesse convição do "sentir",
um amor que, ao dormir, também me desse um pouco de insônia, que me passasse verdades, confiança e esperança, ao respirar e soprar no proprio sono.
Eu sempre sonhei com um amor assim.
Um amor que se encaixe bem nas medidas das palavras e frases proferidas. Que tivesse ainda o cheiro e a alegria de menino, mas com intensidade e decisão de homem de verdade; que nunca ficasse chateado quando a poesia, de madrugada, me chamasse até à escrivaninha.
Um amor sem implicações diante de nossas diferenças, das diferenças imutáveis.
Sempre quis um amor decidido e capaz de me entender, não somente quando levo algumas situações muito a sério, mas também entendesse quando sou, involuntariamente, para mim um mistério.
Ah, ainda sou essa sonhadora, a que sempre quis um amor que me transformasse de menina em mulher, sem perder a meninice. Um amor assim, que se derramasse em afagos, que fosse inexplicável, que vivêssemos a felicidade sem ostentações, nem reclamações. Um amor que não somente me pedisse informações, mas me contasse suas histórias e juntos misturássemos as narrativas (sem talvez nem depois) das histórias de nós dois, sem medo do escuro após o Sol se pôr.
Confesso, eu sempre sonhei com um amor assim...
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Imagens:
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