Olha a minha alma
Nas sobras, trocos e cinzas
Ainda bate o coração
Salta querendo sair, cobra voltar para o antes
Porque o depois está incerto
Quer falar, desmentir o omisso
Que ficou por ficar
No silêncio dos espertos
Ainda bate o coração
Mesmo no descanso da alma
Que não quer descansar
Depois da pena desfarçada, dos que me mataram
Na palma do meu semblante inocente
Acreditando no perto, que hoje me cremou com lágrimas de querer assim morrer comigo
Mesmo distante de mim faz tempo
Bate o coração
E nada me fará descansar