O Barulho das horas Silenciosas

Parte da Noite

Tarde estou

Admiro o Voo

dos Seres

Alados

Eu, que me agarro

ao Chão,

que vivo em Abismos,

Invejo o Brilho

dos Seres

que São

Fico com o Medo

- e não vou

Circulo pelo Mundo

de Areia e Vidro

- Desertos que criei

Enterro-me em desespero

E em partes, sigo

Bebo a Escuridão

e ela me engole

Engulo a Tristeza

e ela me consome

Consumo o Tempo

e ele me esvazia

E esfumaço-me,

sem vida...