Amigo de alma
Vens como um gato, manso, não tens doces palavras, assim como a física, tens atração envolta do teu corpo, sem o sinal de sol, luz é algo raro de ver, a rua deserta e o clarão da noite te beijão sem pedir licença, como a onda do mar que bate ao teu peito que tão vazio se encontra. Desassossegado, busca sorrateiramente por sorrisos, és uma incógnita de sol e lua, chuva e brisa, ir ao íntimo de seres iguais chamam atenção e queres sempre levar ao teu lado, és aquele menino de muitos anos atrás, descobridor de almas, almas essas que te doeram mas te trouxeram oferendas para limpar a dor que o teu peito sentiu, com um empurrão a má sorte por tempos levantou teu corpo que agora é tomado por palavras que rimam os teus sentimentos mais íntimos, cuidas de uma flor que nem imaginaria ser plantada, que adoça a tua alma e te deixa acreditar em um mundo melhor. Os espíritos te guiam e te aguçam os olhos.