Desse jeito
A porta se abre. Ela entra filho ao colo, olhos inchados de chorar... Brigou com o marido, eu sei.
Chora e reclama e depois passa mal. Eu acudo, e consolo dizendo que tudo vai ficar bem. Passo um café e dou biscoitos a criança.
Filhos... Meu Deus! Nunca dão sossego.
Passam algumas horas... Ele bate na porta, eu abro e ele entra. Eu saio para dar espaço. Rego as plantas, brinco com o cachorro, e penso no que vou fazer para a janta. A sala murmura baixinho e eu vou relaxando.
Ela sai, ajeita os cabelos, me dá um beijo, e suspira. Ele sai atrás, o filho no colo, e também me beija, lá se vão.
Olho em volta, o dia passou. Jorge nem precisa saber disso.