Penitência
Vivo o meu luto em vida,
Um jaz contínuo.
A alma em seu exílio –
Permanente –
Até mesmo descrente.
Um pesar abundante,
Onde nada mais faz sentido.
A não ser esperar o cair da noite,
Dia após dia –
Assim, sucessivamente,
Pé ante pé –
E, finalmente, tudo esteja acabado.
Horas felizes?
Algumas existiram, poucas eu bem sei.
O martírio, em seu restante,
Recebendo as suas migalhas de recordações.
Se outra me for oferecida,
Muito obrigada.
Já se valeu esta ou mais uma existência...
Vagando em desalinho –
Nesta penitência.