Penitência

Vivo o meu luto em vida,

Um jaz contínuo.

A alma em seu exílio –

Permanente –

Até mesmo descrente.

Um pesar abundante,

Onde nada mais faz sentido.

A não ser esperar o cair da noite,

Dia após dia –

Assim, sucessivamente,

Pé ante pé –

E, finalmente, tudo esteja acabado.

Horas felizes?

Algumas existiram, poucas eu bem sei.

O martírio, em seu restante,

Recebendo as suas migalhas de recordações.

Se outra me for oferecida,

Muito obrigada.

Já se valeu esta ou mais uma existência...

Vagando em desalinho –

Nesta penitência.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 12/09/2021
Código do texto: T7340484
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